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A Condessa de sangue

Countess Elizabeth Bathory.
  Elizabeth Bathory, a mulher que passou a ser conhecida como a "Condessa de sangue", nasceu na nobreza húngara em 1560. Diz-se que sofreu acessos e explosões de fúria - talvez até mesmo de epilepsia (em inglês). Desde pequena, ela testemunhou os oficiais de seu pai torturarem os camponeses que viviam perto da propriedade rural de sua família. A maior parte das análises históricas da condessa inclui a jovem Elizabeth como testemunha de um ladrão sendo capturado e costurado dentro do abdômen de um cavalo moribundo e deixado ali para morrer [fonte: King's College].
Esse relato ressalta dois aspectos principais que podem ter influenciado Bathory: a exposição à incrível violência e a atitude condescendente de sua família em relação a isso. Relatos descrevem sua predileção por infligir dor a outros e afirmam que ela agiu com cúmplices. Um pode ter sido seu marido, Ferencz Nadasdy, e outros eram membros de sua corte.
Nadasdy se casou com Bathory quando ela tinha 15 anos e como soldado ele passava a maior parte do tempo longe de casa. Alguns pesquisadores acreditam que Nadasdy pode ter ensinado a sua esposa novos métodos de tortura. Outros pesquisadores, no entanto, acreditam que ele ignorava suas ações. O consenso é que Bathory praticou a maior parte dos crimes na ausência do marido [fonte: King's College (em inglês)].
Bathory tinha uma predileção por torturar meninas jovens - os historiadores pressupõem que ela era bissexual. Os atos que a condessa praticou variavam de enfiar agulhas através dos lábios ou unhas de seus criados a deixar suas vítimas nuas na neve, ensopando-as com água e deixando-as congelar até a morte. Uma criada foi espancada por Bathory por roubar uma pêra. A garota foi espancada durante horas e finalmente apunhalada até a morte com uma tesoura [fonte: McNally].
Os atos de Bathory têm a peculiaridade de engendrar um híbrido de verdade e lenda. Talvez a mais notória lenda a respeito de Bathory é que ela se banhava no sangue de suas vítimas. Inevitavelmente, isso levou a rumores de que a condessa era uma vampira. Essa lenda foi publicada pela primeira vez em 1720 por um sacerdote húngaro que entrevistou camponeses locais e leu depoimentos dos julgamentos de cúmplices de Bathory. Segundo boatos, ela alegava usar sangue para manter a pele jovem, pois queria permanecer bonita para seu marido [fonte: McNally].
Os testemunhos oficiais dos assassinatos de Elizabeth Bathory, ainda existentes nos arquivos húngaros, são tão passíveis de questionamento quanto de condenação. No fim de 1610, um primo de Elizabeth liderou um ataque ao castelo de Bathory. No interior, já havia vítimas mortas e outras encarceradas, supostamente aguardando a morte. Os cúmplices de Bathory foram presos e levados a julgamento - ela nunca foi. Esses testemunhos ainda subsistem.
Essas provas são questionáveis porque é provável que tenham sido coletadas a partir de tortura infligida nos próprios cúmplices de Bathory. Mas o fato de ainda haver processos relativos aos assassinatos de Bathory confere algum crédito às histórias envolvendo a condessa. De acordo com os testemunhos, o número 650 foi estabelecido com base em sua própria contagem das vítimas. Uma testemunha afirmou que Bathory mantinha um registro de seus crimes [fonte: McNally].
Nenhuma dessas evidências levou Bathory a um julgamento. Em vez disso, ela foi emparedada em seu quarto, com um espaço suficiente apenas para passagem de ar e comida. Ela passou os quatro anos restantes de sua vida lá, até que foi encontrada morta em 1614. Sua vida sanguinária, seja exagerada ou baseada em fatos, chegou a um fim - e Bathory virou lenda.
FONTE 

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